Nesta edição, acedi ao apelo que me têm feito de escrever especificamente sobre Felgueiras. As excepcionais circunstâncias da actualidade justificam-no.
Com agrado ou azedume, surpresa, maior ou menor, todos concordarão que o passado dia 11 trouxe Felgueiras para uma nova era.
Depois de anos atribulados de ingrata publicidade e, convenhamos, embaraçosa notoriedade, o voto decidiu alterar o status quo e entregar ao PSD, pela primeira vez, os destinos da autarquia.
Nenhuma outra autarquia, de idêntica dimensão e estatuto nacional, mereceu tamanhas atenções.
Para meu espanto pessoal, os vários canais televisivos dedicaram à eleição Felgueirense uma cobertura perfeitamente invulgar. Vi e ouvi comentadores políticos afirmarem que a mudança de líder nesta Câmara seria o episódio político da noite.
Se atentarmos ao facto de, sem margem para dúvidas, todos estarmos certos de que há meia dúzia de anos nenhum deles saberia, sequer, que Felgueiras existia, a relevância é ainda maior.
Ora, todos temos presente que as razões que levaram a cidade a ficar tão conhecida não são, lamentavelmente, as mais desejadas. No entanto, nenhuma razão há para desaproveitar essa visibilidade.
Característica unânime aos grandes líderes sempre foi a de identificarem oportunidades onde os outros apenas vêm problemas.
Ao novo executivo camarário foram dadas condições de excepção para governar. Dispõe de maioria absoluta na Câmara e maioria absoluta na Assembleia Municipal. Recebe assim, uma autarquia “vedeta”, expurgada das razões que determinaram os sucessivos escândalos.
Saiba então, o novo Presidente, aproveitar este claríssimo voto de confiança para recuperar a adesão dos Felgueirenses e do País.
Inácio Ribeiro não será um presidente anónimo. Gozará de uma notoriedade imensa enquanto sucessor de Fátima Felgueiras. Deve portanto aceitar o que de útil isso pode ter, quer nas relações locais, quer ao nível nacional.
Felgueiras é uma terra de valores. Foi aqui que um grupo de trabalhadores humildes, que o destino votaria implacavelmente à modéstia, conseguiu construir, a pulso, um pólo industrial de excelência com presença nos quatro cantos do mundo.
Compete à nova liderança política recuperar o entusiasmo das empresas, estudar e perceber as tendências do seu principal mercado e reclamar e conseguir as condições para que ele evolua. O calçado de Felgueiras, não tem no preço a sua mais-valia. Tem de apostar no design, na inovação, na criação de marcas e patentes. Para isso é imprescindível empenhar-se no conhecimento e criatividade. Que escolas de design há em Felgueiras? Que centros de investigação e desenvolvimento? Quantas patentes? Quantos pólos de apoio à propriedade industrial?
Aproveitemos a revolução política para revolucionar mentalidades. À nova liderança não basta pôr a casa em ordem. Exige-se-lhe que inspire, que lidere, que motive. O resto, estou certo, acontecerá por consequência.
Com agrado ou azedume, surpresa, maior ou menor, todos concordarão que o passado dia 11 trouxe Felgueiras para uma nova era.
Depois de anos atribulados de ingrata publicidade e, convenhamos, embaraçosa notoriedade, o voto decidiu alterar o status quo e entregar ao PSD, pela primeira vez, os destinos da autarquia.
Nenhuma outra autarquia, de idêntica dimensão e estatuto nacional, mereceu tamanhas atenções.
Para meu espanto pessoal, os vários canais televisivos dedicaram à eleição Felgueirense uma cobertura perfeitamente invulgar. Vi e ouvi comentadores políticos afirmarem que a mudança de líder nesta Câmara seria o episódio político da noite.
Se atentarmos ao facto de, sem margem para dúvidas, todos estarmos certos de que há meia dúzia de anos nenhum deles saberia, sequer, que Felgueiras existia, a relevância é ainda maior.
Ora, todos temos presente que as razões que levaram a cidade a ficar tão conhecida não são, lamentavelmente, as mais desejadas. No entanto, nenhuma razão há para desaproveitar essa visibilidade.
Característica unânime aos grandes líderes sempre foi a de identificarem oportunidades onde os outros apenas vêm problemas.
Ao novo executivo camarário foram dadas condições de excepção para governar. Dispõe de maioria absoluta na Câmara e maioria absoluta na Assembleia Municipal. Recebe assim, uma autarquia “vedeta”, expurgada das razões que determinaram os sucessivos escândalos.
Saiba então, o novo Presidente, aproveitar este claríssimo voto de confiança para recuperar a adesão dos Felgueirenses e do País.
Inácio Ribeiro não será um presidente anónimo. Gozará de uma notoriedade imensa enquanto sucessor de Fátima Felgueiras. Deve portanto aceitar o que de útil isso pode ter, quer nas relações locais, quer ao nível nacional.
Felgueiras é uma terra de valores. Foi aqui que um grupo de trabalhadores humildes, que o destino votaria implacavelmente à modéstia, conseguiu construir, a pulso, um pólo industrial de excelência com presença nos quatro cantos do mundo.
Compete à nova liderança política recuperar o entusiasmo das empresas, estudar e perceber as tendências do seu principal mercado e reclamar e conseguir as condições para que ele evolua. O calçado de Felgueiras, não tem no preço a sua mais-valia. Tem de apostar no design, na inovação, na criação de marcas e patentes. Para isso é imprescindível empenhar-se no conhecimento e criatividade. Que escolas de design há em Felgueiras? Que centros de investigação e desenvolvimento? Quantas patentes? Quantos pólos de apoio à propriedade industrial?
Aproveitemos a revolução política para revolucionar mentalidades. À nova liderança não basta pôr a casa em ordem. Exige-se-lhe que inspire, que lidere, que motive. O resto, estou certo, acontecerá por consequência.
dc@legalwest.eu