Manifesto desde já a minha concordância. A prevista transformação não implica, a meu ver, qualquer atentado ou perda de memória do que quer que seja.
Quem frequenta o edífico com regularidade certamente não poderá deixar de confessar dois sentimentos conflituantes que lhe são provocados: O da beleza do prédio, e o do lastimável estado em que se encontra.
A transformação em Hotel, acredito, permitirá suprimir o último deles, preservando-se um edífico de localização e beleza raras, que passará a orgulhar - em vez de envergonhar - a baixa lisboeta.
Que o mesmo não tem condições mínimas de dignidade para ser Tribunal, é voz e opinião corrente.
Que não haverá investimento público que permita a sua recuperação, é uma constatação mais ou menos clara.
Deste modo, se preservar o edíficio significa transformá-lo em Hotel de charme, não só será útil como uma boa solução para esse problema.
Quanto à memória, certamente não se desvanecerá por isso.
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