sábado, 11 de dezembro de 2010

CRÓNICA - UM DIA NA UNIVERSIDADE

Há dias fui dar uma aula sobre marcas a uma universidade de Lisboa. Já em anteriores anos me tinham feito o mesmo convite e, confesso, a experiência até me é simpática.
No entanto, aproveito o episódio para relatar alguns dos factos que presenciei, apenas porque os acho exemplificativos de realidades, ou melhor, mentalidades, que precisam de ser alteradas.
Uma vez que não sou professor nessa universidade, mas apenas convidado para dar uma aula em concreto, tinham-me dito que, na secretaria, logo ali me dariam todas as indicações necessárias.
Cheguei e, dos três postos de atendimento (para estudantes), apenas um estava em funcionamento, atendendo os alunos.
Como somente precisava de perguntar onde podia recolher o computador que utilizaria para dar a aula, aproximei-me de um dos funcionários cujo posto de atendimento estava “em descanso”. Ao meu “Boa Tarde”, sem sequer levantar a cabeça, respondeu azedo: estou encerrado! Perante a minha insistência em saber onde levantaria o computador, fulminou-me com um olhar entre o ódio e o desprezo, como se me fosse bater. Só quando se apercebeu que não era aluno, mas sim docente (por um dia) se dignou a, vagarosamente, dar-me a informação pretendida.
Antipatia à parte, fica a mensagem da história: Será que o senhor funcionário de secretaria não percebeu ainda que quem lhe paga (por enquanto) o salário são os alunos? Os tais que ele, pelos vistos, faz gala de tratar com desrespeito e altivez.

Sem comentários: